terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Evento debate propostas para assegurar direito a alimentação

Um seminário no Recife debate, nesta terça-feira (11), propostas para assegurar o direito a alimentação permanente em Pernambuco. Segundo pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 53% da população do estado não tem alimentação regular.

Promovido pelo governo do Estado, em parceria com o Instituto Brasileiro Pró-Cidadania, o evento conta com a participação de secretários estaduais, pesquisadores, professores universitários, representantes de empresas públicas e privadas, do governo federal e de todos os municípios pernambucanos.

Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Roldão Joaquim, as propostas do seminário vão contribuir na elaboração de um programa estadual de segurança alimentar, que também contará com recursos do governo federal e da Organização das Nações Unidas (ONU). “Embora o Brasil seja um dos países que mais produzem alimentos, uma parcela significativa da população não tem acesso a refeições básicas. Juntando esforços será possível mudar a realidade”, declarou.

Um dos palestrantes no encontro, o secretário nacional adjunto de Segurança Alimentar e Nutricional, Crispin Moreira, afirmou que o governo federal pretende debater prioridades para aprofundar a agenda de cooperação nas ações sociais já existente com o governo de Pernambuco. “Temos presença no território pernambucano, mas queremos combinar uma maior articulação de políticas integradas de assistência social, saúde, educação e transferência de renda”, observou.

Para Moreira, a fome é um fenômeno social revoltante principalmente. “O combate a fome, para nós, é prioridade. Não podemos deixar que, nas cidades e nas zonas rurais do País, a população, principalmente mulheres, crianças e povos indígenas, adoeça e morra em conseqüência da falta de comida. É uma questão de humanidade”, frisou.

De acordo com o secretário adjunto, o orçamento do Ministério do Desenvolvimento Social em 2007 foi de R$ 21 bilhões para ações de promoção da segurança alimentar das famílias carentes. A verba financia programas de transferência de renda, aquisição de produtos da agricultura familiar, abastecimentos de creches e asilos de idosos, manutenção de restaurantes populares e cozinhas comunitárias, entre outras iniciativas.

Superintendente das Ações de Segurança Alimentar de Pernambuco, Mariana Suassuna informou que o Estado vai assinar, na próxima semana, um convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome que prevê a liberação de R$ 400 mil em recursos federais.

O dinheiro, disse Mariana, será destinado à capacitação de 1,5 mil agentes públicos e sociais na área de segurança alimentar nos 184 municípios do estado e em Fernando de Noronha. “A idéia é estruturar os sistemas municipais de segurança alimentar porque só existem atualmente no estado sete conselhos municipais nesse setor”, explicou.

Fonte: Agência Brasil

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